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Falta de mão de obra qualificada preocupa TI
A internacionalização das empresas brasileiras de tecnologia da informação (TI) acarretará um déficit de mão de obra no país, segundo o professor da Escola de Administração de Empresas de São Paulo da Fundação Getulio Vargas (FGV-Eaesp), Fernando de Souza Meirelles. Sem programas de formação e qualificação, o problema tende a se agravar.
“Não tem gente para dar conta do mercado interno. Já temos aí um apagão de mão de obra especializada só para dar conta da demanda interna. Falta muita gente treinada, capacitada no cenário atual”, disse em entrevista à Agência Brasil. De acordo com ele, o problema não é só no Brasil. Há países em situação pior.
Ele avaliou, entretanto, que o setor de TI é um dos ramos em que o Brasil pode ser muito competitivo no mundo. Embora a Índia exerça a liderança global em serviços de TI, o professor da FGV afirmou que o Brasil está procurando se tornar uma alternativa estratégica.
Portanto, a internacionalização das companhias brasileiras vai apresentar, como repercussão em termos de educação, o aumento do déficit. “O que é bom. Vamos ter mais oportunidades de emprego. Só que vai ter que treinar mais gente”, disse. Do ponto de vista macro social, salientou que o importante é que haja vagas de emprego.
Como as empresas cada vez mais vão precisar de serviços de TI no mundo, o potencial de crescimento do Brasil nessa área é gigantesco. Nesse sentido, Meirelles admitiu que a busca pela expansão dos negócios no exterior é correta. Advertiu, porém, que é preciso haver uma articulação grande entre todos os setores, a fim de que o discurso e os objetivos sejam comuns entre empresas, governo e profissionais, como ocorre na Índia.
Para o especialista da FGV, os principais gargalos do setor de TI são atualmente a capacitação e a comunicação de internet, traduzida pela falta de banda larga. Em termos de inclusão digital, o acesso a computadores deixará de ser problema no curto prazo. Fernando Meirelles estimou que em 2014 o número de computadores deverá dobrar, passando dos atuais 70 milhões para 140 milhões. O ritmo vai depender do desempenho da economia nacional, sublinhou. “Para inclusão, o equipamento não vai ser problema”.
A formação necessária para a mão de obra nacional abrange todos os níveis e categorias, “desde aprendizes até especialistas”. Meirelles acrescentou que o mercado externo é grande consumidor de serviços de TI, em especial os países desenvolvidos, que buscam mão de obra mais barata. O Brasil é referência mundial em vários setores, como o bancário, por exemplo. “É um segmento que o Brasil pode explorar lá fora. É um serviço reconhecido no mundo como de primeira linha ou avançado com relação a muitos países desenvolvidos”. Meirelles está projetando para o setor de TI em 2010 um crescimento em torno de 9%. A previsão considera a manutenção do atual cenário econômico do país.
Fonte: INFO
A internacionalização das empresas brasileiras de tecnologia da informação (TI) acarretará um déficit de mão de obra no país, segundo o professor da Escola de Administração de Empresas de São Paulo da Fundação Getulio Vargas (FGV-Eaesp), Fernando de Souza Meirelles. Sem programas de formação e qualificação, o problema tende a se agravar.
“Não tem gente para dar conta do mercado interno. Já temos aí um apagão de mão de obra especializada só para dar conta da demanda interna. Falta muita gente treinada, capacitada no cenário atual”, disse em entrevista à Agência Brasil. De acordo com ele, o problema não é só no Brasil. Há países em situação pior.
Ele avaliou, entretanto, que o setor de TI é um dos ramos em que o Brasil pode ser muito competitivo no mundo. Embora a Índia exerça a liderança global em serviços de TI, o professor da FGV afirmou que o Brasil está procurando se tornar uma alternativa estratégica.
Portanto, a internacionalização das companhias brasileiras vai apresentar, como repercussão em termos de educação, o aumento do déficit. “O que é bom. Vamos ter mais oportunidades de emprego. Só que vai ter que treinar mais gente”, disse. Do ponto de vista macro social, salientou que o importante é que haja vagas de emprego.
Como as empresas cada vez mais vão precisar de serviços de TI no mundo, o potencial de crescimento do Brasil nessa área é gigantesco. Nesse sentido, Meirelles admitiu que a busca pela expansão dos negócios no exterior é correta. Advertiu, porém, que é preciso haver uma articulação grande entre todos os setores, a fim de que o discurso e os objetivos sejam comuns entre empresas, governo e profissionais, como ocorre na Índia.
Para o especialista da FGV, os principais gargalos do setor de TI são atualmente a capacitação e a comunicação de internet, traduzida pela falta de banda larga. Em termos de inclusão digital, o acesso a computadores deixará de ser problema no curto prazo. Fernando Meirelles estimou que em 2014 o número de computadores deverá dobrar, passando dos atuais 70 milhões para 140 milhões. O ritmo vai depender do desempenho da economia nacional, sublinhou. “Para inclusão, o equipamento não vai ser problema”.
A formação necessária para a mão de obra nacional abrange todos os níveis e categorias, “desde aprendizes até especialistas”. Meirelles acrescentou que o mercado externo é grande consumidor de serviços de TI, em especial os países desenvolvidos, que buscam mão de obra mais barata. O Brasil é referência mundial em vários setores, como o bancário, por exemplo. “É um segmento que o Brasil pode explorar lá fora. É um serviço reconhecido no mundo como de primeira linha ou avançado com relação a muitos países desenvolvidos”. Meirelles está projetando para o setor de TI em 2010 um crescimento em torno de 9%. A previsão considera a manutenção do atual cenário econômico do país.
Fonte: INFO
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